terça-feira, 9 de dezembro de 2014

JORDÃO: Debaixo de chuvas e muita água vereadores aprovam orçamento de 2015, mas projeto para aumento da carne é colocado para estudo.

Depois de horas esperando a chuva intensa dar uma trégua, os nove vereadores de Jordão resolveram dar inicio a sessão ordinária de hoje terça-feira na sala das sessões Dr. Ulisses Guimarães na câmara municipal da cidade.

Ao encontrar um lugar onde os pingos d’águas das goteiras do teto não atingissem os parlamentares, começaram a sessão que tinha como uma das pautas a aprovação do Orçamento de 2015 do executivo municipal que ficou fixado uma previsão em 25 milhões de reais. Outra matéria a ser votada e apresentada pelo Vereador Rosaldo Saraiva do PT era concernente ao aumento do preço da carne bovina, suína e peixes de ambas as espécies.

Durante 8 anos o preço da carne ficou estagnado em R$ 5,00 . No fim do ano de 2011 a câmara Municipal aprovou um aumento de R$ 1,00, ou seja R$ 6,00 ou 20%, levando em conta a baixa condição financeiras de muitas famílias que sobrevivem  apenas de um beneficio como Bolsa Família ou às vezes bem menos. A nova proposta do Vereador Rosaldo elevaria para R$ 8,00 em apenas 2 anos o que corresponde em 33% em cima do valor hoje, o que levou algumas pessoas presentes a reclamar do valor do aumento.

Ao ser colocado em votação os vereadores Francisco Sereno e Manoel dos Santos (Vavá) votaram favoráveis, o vereador Guedes Oliveira votou contra e o Vereador José Cariolando pediu para estudo e o projeto ficou para ser apresentando numa próxima sessão.

Embora o valor não seja tão alto o que deixou algumas pessoas revoltadas foi a forma como isso vem sendo tratado pela casa. Na opinião de muitos o aumento deveria ser um valor fixo todos os anos e não dessa forma. Já os vereadores ruralistas disseram que quem sai perdendo é o povo que acaba comprando carne mais cara nos açougues particulares porque com o preço baixo ninguém quer vender seu animal no mercado municipal.

Neste caso um dos motivos da falta de carne no mercado municipal foi a venda de animais para outras cidades através de atravessadores, segundo reclamações das pessoas, outro motivo é a forma como o próprio mercado manuseia a carne dos clientes.

Meses atrás as pessoas dormiam na porta do mercado na tentativa de conseguir uma vaga na concorrida lista para vender um animal. Depois começou uma máfia onde pessoas que moram em Rio Branco conseguiam tirar feira se na verdade não tinha e nem tem um pinto se quer no quintal. Alguns criadores mais influentes pagavam pessoas para irem pra fila dizer que tinham bois, quando na verdade era apenas mais uma forma de tirar a oportunidade daqueles que mais precisavam, alem de outras malandragens que existiam.

Quero deixar claro que sou de acordo com o aumento da carne, mais que seja de maneira gradativa e planejada com a população e não só com os criadores.

Por João Bráz


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